Mobilização Dos Sindicalistas Mostra Força Em Brasília
A maior mobilização, em termos qualitativos, do movimento sindical na última década é assim que Milton Viário, presidente da Federação dos Metalúrgicos classifica o que está ocorrendo desde domingo, dia 08/11, em Brasília. Um acampamento de cerca de 500 pessoas montado no Minas Brasília Tênis Clube, na Asa Norte, mostra a força da representatividade dos trabalhadores que retornam aos seus estados no sábado, dia 14.Segundo Milton, 240 dos acampados chegaram do Rio Grande do Sul em cinco ônibus e outros dez devem chegar para a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, que tem início amanhã, terça-feira, dia 11, com uma caminhada às 8h do Estádio Mané Guarrincha. Segundo estimativas da CUT entre 30 a 40 mil pessoas estão sendo aguardadas para a Marcha, que termina com uma grande manifestação defronte ao Congresso Nacional.
As manifestações estão movimentando a Capital Federal, de acordo com o presidente da FTMRS, ontem (09/11) às 17h, a Rodoviária do Plano Piloto, 20 panfletos foram distribuídos para a população que transita naquele local, que recebe cem mil pessoas nas horas de pico. Hoje pela manhã, os sindicalistas recepcionaram os deputados e senadores que chegavam de suas bases eleitorais ao Aeroporto Juscelino Kubitschek. Ao mesmo tempo um bandeiraço foi organizado nas vias de acesso do local.
“Hoje à tarde, estamos indo de gabinete em gabinete, no Congresso fazendo um corpo-a-corpo com os parlamentares no sentido de convencê-los a pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, em colocar a redução da jornada de trabalho na pauta de votação”. Milton Viário ainda observa que os congressistas devem se comprometer em dar urgência a temas como o PL 01/07 que efetiva a política de valorização do salário mínimo e o novo marco regulatório para o pré-sal, que prevê a garantia do controle estatal e social do petróleo e seus derivados em todo o território nacional e que reafirma nossa soberania.
A atualização dos índices de produtividade da terra e aprovação da PEC 438/01 contra o trabalho escravo; a ratificação das Convenções 151 (sobre a garantia de negociação coletiva no serviço público) e 158 (que coíbe a demissão imotivada) da OIT; aprovação do PL 1621/07; a proposta da CUT encaminhada à Câmara pelo deputado Vicentinho (PT-SP), sobre a regulamentação da terceirização e combate à precarização nas relações de trabalho, bem como mudanças amplas e imediatas para todas as aposentadorias, incluindo aumento real para os benefícios acima do salário mínimo e regras que garantam inclusão e assegurem que mais e mais brasileiros se aposentem por tempo de contribuição, com 100% dos benefícios, são outros dos pleitos dos sindicalistas.
Fonte: Imprensa FTMRS