Grito dos Excluídos faz 30 anos denunciando as desigualdades sociais no capitalismo

REPRODUÇÃO
Grito dos Excluídos faz 30 anos denunciando as desigualdades sociais no capitalismo

Neste sábado, 7 de Setembro, será realizada a 30ª edição do Grito dos Excluídos, mobilização que reúne movimentos populares, organizações sociais e entidades sindicais, ente elas a CUT, com o objetivo de dar voz às pautas de segmentos minorizados da sociedade como a população negra, os indígenas, mulheres, LGBTQIA+, população em situação de rua, movimentos que lutam por moradia dignam entre vários outros.

O Grito nasceu no Brasil a partir da atuação das pastorais sociais ligadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e se firmou como um espaço de denúncia das desigualdades sociais. Todos os anos, ele ocorre no Dia da Independência, ocupando ruas e praças, justamente para que se possa fazer uma reflexão à data sobre a real independência da população.

Por conta da proximidade das eleições municipais, a atividade pode ganhar um caráter político, alertando sobre as consequências do voto em candidatos extremistas que se apresentam como “salvadores da pátria”. 

Atos serão realizados em várias cidades do país. Veja os locais abaixo.

Luta

Neste ano, o lema do Grito dos Excluídos é “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”. O secretário de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT, Milton Rezende (Miltinho), explica que durante todos os anos a mensagem foi sobre a necessidade se superação das desigualdades, de ter um olhar do processo de exclusão social ainda existente no país.

“Alguns temas já existiam desde 1995, mas tomaram força nos últimos anos como a fome, a   proteção à vida, o meio ambiente, relacionado à crise ambiental, que tomou grandes proporções este ano, além da intolerância não só política, mas a social que exclui e oprime segmentos da sociedade. Há toda uma agenda que achamos ter superado na década passada, mas que voltaram com força nos últimos anos, com um governo de extrema direita que provocou uma destruição na vida das pessoas mais vulneráveis”, diz Miltinho.

Portanto, diz o dirigente, a pergunta é  “para quem importa salvar essas vidas?”. A marca importante, ele prossegue, é a ideia de superar o patriotismo passivo hoje visto na sociedade. “O que a gente quer é trazer o conjunto da sociedade para uma ação e cidadania ativa, acima de tudo levando em consideração os problema sociais que vivemos”, diz.

Miltinho ainda ressalta que o capitalismo tenta resolver seus problemas “com mais capitalismo, comais exclusão, não olhando para a vida das pessoas, olhando somente o lucro e pela ordem mundial do próprio sistema”.  

Atos no Rio Grande do Sul

Porto Alegre: Concentração e acolhida, 8h30, Praça dos Navegantes, 12 (Igreja Nossa Senhora dos Navegantes). Abertura, às 09h00; Caminhada: Praça dos Navegantes, Av. Sertório, Rua dos Voluntários (passando na frente da Cooperativa de Reciclagem das Anitas), Rua São Jorge, Rua Frederico Mentz. Evento vai percorrer a área mais atingida pelas enchentes e também vai destacar a realidade dos galpões de reciclagem da cidade. Nesta área estão mais da metade destes galpões da capital. E todos foram atingidos. Paradas: Cooperativa Sepé Tiarajú; Movimento Desabafa; Unidade de Saúde Fradique Vizeu; Praça do Sesi, com partilha de alimentos; Encerramento do ato.

Pelotas:  a partir das 8h00, Kilombo Urbano Canto de Conexão, Rua Benjamin Constant, 1327. Café da manhã comunitário; Falas, Gritos; Canções e Expressões culturais; Almoço comunitário; Caminhada e abraço ao Rio São Gonçalo (Quadrado). Encerramento em frente ao Kilombo.


Fonte: CUT Nacional


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