Governo e patrões se unem e vetam parcelas extras de seguro-desemprego

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Governo e patrões se unem e vetam parcelas extras de seguro-desemprego

Com aliança entre governo e empresários, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) derrubou a proposta de duas parcelas extras de seguro-desemprego para atenuar os efeitos da pandemia. A proposta era da bancada dos trabalhadores no colegiado, que é tripartite. Mas apenas os seis representantes das centrais votaram a favor, com 12 votos contrários.

A proposta inicial era pagar as duas parcelas adicionais para demitidos de março, início da pandemia, a dezembro. Posteriormente, as centrais sugeriram estender o benefício para trabalhadores demitidos sem justa causa de 20 de março a 31 de julho. Isso atingiria aproximadamente 2,8 milhões de pessoas. “Vale lembrar que essa proposta da passou por uma revisão do Grupo Técnico Especial, por cinco reuniões, que a adequou, seguindo os pareceres dos órgãos de controle”, dizem as centrais.

Os representantes dos trabalhadores no Codefat são indicados pelas centrais reconhecidas formalmente: CTB, CSB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT. A bancada patronal é formada por representantes das confederações nacionais da Agricultura (CNA), Comércio (CNC), Indústria (CNI), Transporte (CNT), Turismo (CNTur) e Sistema Financeiro (Consif).

5,5 milhões de pedidos de seguro-desemprego
Segundo o representante da Força Sindical no conselho, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, inicialmente o governo tentou adiar a votação e depois alegou impedimentos financeiros. “Se fosse para banqueiro e empresário, o dinheiro saía mais fácil”, lamentou.

Neste ano, de janeiro a setembro, foram contabilizados 5.451.312 requerimentos ao seguro-desemprego, na modalidade trabalhador formal. Houve crescimento de 5,7% em relação a igual período de 2019. O número de requerimentos via web saltou de 1,7% do total para 56,1%.

Dos 521.572 pedidos apenas em setembro, 60% foram feitos por homens. Um terço (33,5%) na faixa de 30 a 39 anos e 21%, de 40 a 49 anos. Mais de 59% tinham ensino médio completo.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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