CUT-RS e centrais entregam reivindicações para mínimo regional de 2022 na próxima terça
A CUT-RS e centrais sindicais entregam na próxima terça-feira (15), às 10h, ao governo Eduardo Leite (PSDB) a pauta de reivindicações para o reajuste do salário mínimo regional de 2022. A atual data-base é 1º de fevereiro.
O documento será recebido pelos secretários estaduais do Trabalho, Emprego e Renda, Ronaldo Nogueira, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Cláudio Gastal.
O índice a ser reivindicado está sendo definido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a partir da inflação do ano passado e da perda ocorrida em 2020, quando os deputados aliados do governo aprovaram reajuste zero e o governador sancionou, prejudicando cerca de 1,5 milhão de gaúchos e gaúchas que recebem o chamado piso regional.
“Além da entrega das reivindicações, vamos propor a instalação de uma mesa de diálogo com as federações empresariais para construir uma proposta de reajuste, a exemplo do que ocorre em Santa Catarina e no Paraná”, afirma o secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antônio Güntzel.
Para ele, “se trabalhadores e empresários são capazes de fechar inúmeros acordos e convenções coletivas para diversas categorias no RS, por que não podem negociar também o reajuste do piso regional como fazem os estados vizinhos? Está passando a hora de quebrar esse tabu”.
Diálogo marca piso regional em Santa Catarina e Paraná
A negociação tripartite é reforçada pela presidente do Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (Ceter-RS), Maria Helena Oliveira. “É papel do Conselho pautar esse debate, uma vez que possui representação dos trabalhadores e dos empresários”, destaca.
Ela, que é também secretária de Formação da CUT-RS, esteve presente em 8 e 9 de dezembro, em Florianópolis e Curitiba, junto com o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT), relator da Subcomissão da Comissão de Economia da Assembleia Legislativa para tratar do piso regional do Rio Grande do Sul, a fim de conhecer a experiência dos dois estados vizinhos.
Em Santa Catarina, a proposta de reajuste é definida em negociação direta entre as partes e depois enviada ao governador para a aprovação dos deputados.
No Paraná, a delegação gaúcha participou da reunião do Cetec-PR, no Palácio das Araucárias. Lá, o índice de aumento é fechado por acordo entre as partes no Conselho e encaminhado pelo governo do estado para a aprovação na Assembleia.
“O diálogo é o melhor caminho para o piso regional do RS, essa valiosa política pública que valoriza o trabalho, o emprego e a renda, e estimula a economia gaúcha, pois melhora os salários, aquece o consumo e a produção e amplia a arrecadação do Estado. Todos saem ganhando”, ressalta Maria Helena.
Fonte: CUT-RS