Comitê Palestina Livre é criado em Porto Alegre em resposta ao genocídio

Matheus Piccini (CUT-RS)
Comitê Palestina Livre é criado em Porto Alegre em resposta ao genocídio

Mais de 50 entidades, incluindo centrais, sindicatos, partidos de esquerda e movimentos sociais e estudantis, uniram-se nesta terça-feira (21) e criaram o Comitê Palestina Livre. O encontro histórico ocorreu no auditório do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e contou com a presença da Frente Gaúcha em Solidariedade ao Povo Palestino e da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL).

A motivação para a formação do comitê é a grave situação enfrentada pelo povo palestino devido ao genocídio promovido pelo estado de Israel.

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, destacou a necessidade de garantir a liberdade, autonomia e soberania do povo palestino para definir seus direitos. Ele ressaltou que é crucial o apoio global da classe trabalhadora para defender essa causa humanitária.

“A ideia desse comitê é juntar todas as entidades e todas as pessoas e movimentos que possam colaborar numa causa tão humanitária, justa e necessária”, ressaltou Amarildo. Ele defendeu a urgência de encontrar soluções para a longa e sofrida luta do povo palestino, que dura mais de 70 anos.

Causa humanitária
O presidente da FEPAL, Ualid Rabah, compartilhou a ideia de que o comitê deve ser uma plataforma para unir diversas entidades e movimentos em prol de uma causa humanitária, justa e necessária. Ele destacou a importância de buscar consenso entre os integrantes.

Após a formação do Comitê Palestina Livre, Ualid expressou profunda gratidão pela solidariedade demonstrada. Ele frisou que a luta pela Palestina não deve ser travada apenas pelo seu povo, mas também requer solidariedade internacional.

Ele também observou que o apoio de diversas partes do mundo é fundamental para fortalecer a causa palestina.

Além disso, o dirigente da FEPAL fez uma breve retrospectiva dos momentos-chave em que comitês similares foram formados no Brasil, mencionando episódios como a invasão israelense em campos de refugiados no Líbano, em 1982, e o genocídio de 2008 a 2009.

Ualid expressou a esperança de que o Comitê Palestina Livre evite um possível refluxo após sua formação, buscando ser uma força democrática em defesa dos direitos do povo palestino.

Ato na próxima quarta
Ao final do encontro ficou estabelecido para a próxima quarta-feira (29) a realização de um grande ato em apoio ao povo palestino no centro da capital gaúcha.

Nesta data também é comemorado o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, que foi instituída pela ONU para lembrar o aniversário da Resolução 181, da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 29 de novembro de 1947, que aprovou, sem consulta aos habitantes locais, o Plano de Partição da Palestina.

Para o diretor da CUT-RS, Marcelo Carlini, o comitê “é um passo muito importante no sentido da unidade daqueles que lutam pelo povo palestino”. Ele lembra que a luta do povo palestino “é a luta de todos os oprimidos do mundo que enfrentam o resultado da política do imperialismo norte-americano”.

Carlini defendeu que “a fraternidade entre os povos árabes e judeus é o que pode abrir a via para um estado democrático naquela região e estabelecer de vez a paz e o direito ao território da população palestina, fundamental nesse processo. Os sindicatos têm que se engajar desde já para construir um grande ato no dia 29, data internacional solidariedade ao povo palestino”.

O comitê surge em um momento crucial, visando não apenas criar consciência e dialogar com a sociedade, mas também agir em prol de uma solução justa para a situação enfrentada pelo povo palestino.

O compromisso de diversas entidades e movimentos na formação do comitê reflete a determinação de construir uma frente unida em defesa de uma Palestina livre.

Fonte: CUT-RS

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