Com queda generalizada, produção industrial cai pelo terceiro mês seguido

Agência de Notícias do Paraná
Com queda generalizada, produção industrial cai pelo terceiro mês seguido

Atividade acumula alta no ano, mas base de comparação é fraca

A produção industrial brasileira caiu 0,7% de julho para agosto, na terceira queda mensal seguida, informou nesta terça-feira (5) o IBGE. Nesse período, a retração soma 2,3%. Na comparação com agosto do ano passado, a atividade também recua 0,7%. O resultado é positivo no acumulado do ano (9,2%) e em 12 meses (7,2%), mas a base de comparação é fraca, considerando o período de pandemia em 2020.

Segundo o instituto, a queda da produção industrial em agosto teve “perfil disseminado de taxas negativas”. Houve retração em três das quatro categorias e em 15 dos 26 ramos pesquisados.

Setor automobilístico
O IBGE cita, entre outros, o setor de produtos químicos, com queda de 6,4% em agosto, e o de coques, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%). Outro segmento importante é o de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%), que registrou o quarto mês negativo, acumulando retração de 9,5%. Já o setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos caiu 2%, enquanto o de produtos de borracha e material plástico recuou 1,1%, além de vestuário (-1,6%) e celulose e papel (-0,8%).

Do lado das altas, produtos alimentícios (2,1%), bebidas (7,6%) e indústrias extrativas (1,3%). O instituto destaca ainda metalurgia (1,1%), produtos de madeira (3,0%) e produtos têxteis (2,1%).

Altos e baixos da produção industrial
Já na comparação com agosto de 2020, houve retração em três das quatro categorias, 14 dos 26 ramos, 37 dos 79 grupos e 46% dos 805 produtos pesquisados. Neste ano, houve um dia útil a mais.

Assim, nessa base de comparação, o setor de produtos alimentícios cai 7,4% e o de coque/petróleo, 5,2%. Outras quedas foram apuradas em produtos de borracha e de material plástico (-6,6%), bebidas (-6,4%), indústrias extrativas (-1,6%), produtos do fumo (-23,3%), móveis (-12,9%) e produtos de metal (-3,4%). O segmento de máquinas e equipamentos, por sua vez, cresce 237%, enquanto o de metalurgia sobe 20%. O automobilístico tem alta de 3,6%.

Fonte: Rede Brasil Atual

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