Assembléia Geral De Erechim Aprova Expulsão Dos Membros Da Comissão De Fábrica Da Comil
No último sábado, dia 01 de agosto, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Erechim realizou Assembléia Geral Extraordinária que consolidou a decisão do Conselho Deliberativo, com isso seis dirigentes que faziam parte da Comissão de Fábrica da Comil foram expulsos da direção do sindicato e do quadro de sócios da entidade.Os fatos cometidos pelos seis dirigentes que levaram à expulsão são os seguintes:
- Elaboração de um panfleto pela empresa e comissão de fábrica intimidando os trabalhadores, mandando até mesmo rezar devido à crise, sem o conhecimento da direção do sindicato, após o sindicato ter apresentado uma proposta de PLR.
- Mais de 250 demissões autorizadas pela comissão de fábrica, sem o conhecimento da direção do sindicato. Inclusive trabalhadores com atestado para trocar de setor.
Em nome da crise a comissão de fábrica silenciou.
De um lado a empresa demitiu, na outra porta fazia novas contratações.
- Para 2.300 trabalhadores a Comil fez discurso da crise e demitiu, para a comissão de fábrica concedeu aumento de até 60%.
-Mudança de função no contracheque dos trabalhadores, sem repassar o valor do reajuste. A comissão de fábrica se calou.
- Na eleição da CIPA a comissão de fábrica não seguiu a orientação da direção do sindicato de chamar uma nova eleição devido às dúvidas quanto ao processo, se aliou à empresa e publicou um panfleto contrariando a direção do sindicato. A Comissão impediu que candidatos a CIPA participassem da recontagem dos votos.
- O sindicato realizou uma reunião com trabalhadores da Comil, enquanto isso a comissão de fábrica estava na esquina do sindicato para espionar os trabalhadores que participavam da reunião, no dia seguinte os trabalhadores presentes na reunião foram intimidados a comparecer na sala da Comissão dentro da fábrica, e dar explicação dos motivos pelos quais se faziam presente na reunião.
A aprovação em Assembléia da decisão do Conselho Deliberativo é uma vitória dos trabalhadores que tem presente que sindicato é para lutar e defender os seus interesses. Através da Assembléia Geral, os trabalhadores deram um voto de confiança a essa direção que sempre tem trabalhado firme em defesa da classe trabalhadora, pois todos sabem que precisam de um sindicato que tenha legitimidade.
A assembléia com voto secreto garantiu a democracia e o respeito à opinião. Este sindicato sempre foi democrático e está aberto para que todos trabalhadores tenham a oportunidade de participar e construir junto com a direção a luta permanente em defesa dos direitos dos trabalhadores.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim