15º CECUT-RS: Congresso Lula Livre e Inocente elege Amarildo Cenci para novo presidente da CUT-RS

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15º CECUT-RS: Congresso Lula Livre e Inocente elege Amarildo Cenci para novo presidente da CUT-RS

A chapa de unidade, liderada pelo novo presidente da CUT-RS, professor Amarildo Cenci, foi eleita por unanimidade na tarde deste sábado (23), durante o 15º Congresso Estadual da CUT do Rio Grande do Sul (15º CECUT-RS: Congresso Lula Livre e Inocente – Emprego, Direitos, Soberania e Democracia, no Salão Cibai – Migrações, ao lado da igreja da Pompeia, em Porto Alegre. O evento teve a participação de 241 delegados e delegadas do campo e da cidade, dos setores público e privado, além de observadores e convidados.

Amarildo, que é também diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro-RS), assume o cargo que foi exercido nos últimos sete anos pelo metalúrgico Claudir Nespolo, que é o novo secretário de Organização e Política Sindical da CUT-RS.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, Everton Gimenis, foi eleito vice-presidente da CUT-RS. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Gravataí (SPMG), Vitalina Gonçalves, que exerceu dois mandatos como secretária de Administração e Finanças, é a nova secretária-geral da entidade.

O sapateiro Antônio Güntzel, que era o secretário de Relações de Trabalho, é o novo secretário de Administração e Finanças da CUT-RS.

Chapa de unidade

Ao transferir o cargo, Nespolo destacou que a chapa da nova direção foi montada por consenso e que “Amarildo pega a CUT com um timaço e uma plataforma extraordinária de ação atualizada”.

Para ele, “a CUT vai continuar cumprindo o seu papel, junto com as outras centrais, junto com os partidos, no pior momento da conjuntura, mas logo ali na frente vai recolocar as coisas no lugar, pois essa é a luta da classe trabalhadora”.

Ultraneoliberais vieram para acabar com nossos direitos

Ao tomar posse, Amarildo resgatou a sua trajetória, destacando a FeteeSul, a federação que representa os trabalhadores da escola privada, e anunciou compromissos. “Nós temos o desafio de implantar as resoluções do congresso. Vamos fazer de tudo e contamos com todos para que elas se realizem”, disse.

Ele falou também em fazer uma “gestão horizontalizada, que priorize as entidades de base, o fortalecimento das regionais e o debate aberto com as federações e com as entidades que têm boas experiências de gestão, de práticas de organização por local de trabalho e de luta para oferecer e compartilhar”.

Para Amarildo, “vivemos um momento desafiador. A conjuntura exige de nós sermos militantes dispostos e convictos do nosso projeto, mas abertos e lutadores para conquistar uma parte da sociedade brasileira que ainda não entendeu que estes ultraneoliberais vieram para destruir a nossa vida, vender o nosso país e acabar com os nossos direitos”, alertou.

Lutar pela inocência de Lula

O novo presidente da CUT-RS defendeu “um país soberano, livre, não privatizado e uma sociedade com direitos, democrática e livre no seu pensar, no seu agir e coletivamente solidária”. Ele apontou anda que é preciso “ganhar novos sindicatos e trazer o CPERS de volta” e ressaltou que “Lula está aí para nos ajudar, não só livre, mas temos que lutar pela sua inocência”.

“Assumimos a direção da CUT no momento mais difícil da história do Brasil, sobretudo para a classe trabalhadora. A resistência se faz necessária, apontando caminhos para encerrar esse ciclo que atravessamos”, destacou a nova secretária-geral da CUT-RS, Vitalina Gonçalves.

Derrotar governo Leite que segue política de Bolsonaro

Gimenis, o novo vice-presidente da CUT-RS, já foi secretário de Administração e Finanças e secretário de Organização e Política Sindical entre 2003 e 2009. “Volto num momento histórico importantíssimo para a classe trabalhadora. Temos que enfrentar um governo que quer destruir o movimento sindical e exterminar os nossos direitos trabalhistas. Ele ataca não só os trabalhadores, mas também os serviços públicos e as empresas públicas com as privatizações. Temos o desafio de derrotar o governo Leite que segue a mesma política do governo Bolsonaro."

“São muitos desafios, pois o momento que estamos vivendo no Brasil é muito difícil para a classe trabalhadora. Vejo que é momento de união de todos os segmentos para podermos barrar os retrocessos dos desgovernos Bolsonaro, Leite e Marchezan. As mulheres são as mais prejudicadas com esses processos ultraneoliberais”, destacou a nova secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS, Ana Lúcia Pereira Flôres Cruz.

Enfrentar o monstro do fascismo

Paulo de Farias passou a Secretaria de Meio Ambiente para a servidora federal e diretora do Sindserf-RS, Eleandra Koch, e assumiu a Secretaria de Relações de Trabalho. “Temos que cada vez mais interiorizar a CUT para enfrentar o monstro do fascismo instalado no governo Bolsonaro”, destacou.

Combater o Plano Mais Brasil e a MP 905

O diretor reeleito da CUT-RS, Marcelo Carlini, avaliou que “o 15º CECUT-RS demonstrou a vitalidade da nossa Central e a vontade dos delegados em combater o Plano Mais Brasil e a MP 905 de Bolsonaro e Guedes”. Para ele, o “nosso congresso reafirmou a resolução aprovada no 13º CONCUT, na Praia Grande, de que é necessário pormos fim, o quanto antes, nesse governo antipovo e nessas instituições golpistas”.

O segundo e último dia do 15º CECUT-RS,começou com a exibição de um vídeo com mais de 200 imagens que marcaram a gestão 2005-2019 e teve debates e aprovação de resoluções de conjuntura estadual e plano de lutas. Também houve animação do bloco "Ai, que saudades do meu ex", que fez muito sucesso no desfile do carnaval deste ano na capital gaúcha. O encerramento do congresso ocorreu no meio da tarde deste sábado.

Fonte: CUT-RS

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