10 mulheres votaram contra a igualdade salarial, entre elas Zambelli, Kicis e Moro

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10 mulheres votaram contra a igualdade salarial, entre elas Zambelli, Kicis e Moro

O Projeto de Lei do governo Lula que prevê igualdade salarial entre homens e mulheres aprovado na quinta-feira (4), pelos deputados e deputadas da Câmara Federal teve 325 votos a favor e 36 contra. O PL agora segue para o Senado para ser votado.

Por orientação da liderança do partido Novo todos os seus integrantes votaram contra para que mulheres que exerçam a mesma função de um homem possam ganhar o mesmo salário, entre outros direitos que há séculos precisam ser reparados pela sociedade.

A lista dos contrários “surpreende” por ter 10 mulheres. Dessas, seis são do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que liberou a sua bancada para votar como quisesse; duas deputadas são do União Brasil, uma do Novo e uma do Cidadania.

Todas estão na base de partidos conservadores, entre elas Rosângela Moro, mulher do senador Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex- juiz da Lava Jato, que mandou prender Lula injustamente e foi considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e Carla Zambelli, fiel ao ex-presidente e que perseguiu armada um homem negro pelas ruas de São Paulo, pelo simples fato dele ser politicamente contrário a ela.

Confira a lista de mulheres contrárias à igualdade salarial

São elas:

Adriana Ventura (Novo-SP)

Any Ortiz (Cidadania-RS)

Bia Kicis (PL-DF),

Carla Zambelli (PL-SP),

Caroline de Toni (PL-SC),

Chris Tonietto (PL-RJ),

Dani Cunha (União-RJ),

Julia Zanatta (PL-SC),

Rosângela Moro (União-SP) e,

Silvia Waiãpi (PL-AP)

Quem são os homens que votaram contra a igualdade salarial

A maior parte dos votos contrários partiu de parlamentares bolsonaristas, como já era de se esperar do filho zero três, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e de conservadores como e Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex- procurador da Lava Jato, também envolvido na prisão injusta de Lula. O descendente dos imperadores do Brasil, Luiz P.O Bragança (PL-SP), também votou contra assim como Ricardo Salles (PL), ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, suspeito de ajudar madeireiros ilegais na Amazonia, bem como defender mineração nas terras indígenas. Salles já se manifestou dizendo ser pré-candidato à prefeitura de São Paulo nas próximas eleições municipais. Alguns militares também foram contrários às mulheres.

A lista de homens contém 25 nomes, e não 26, que totalizariam 36 votos contrários como apurou a Câmara Federal, porque o deputado Rui Falcão (PT-SP) que aparecia na lista dos contrários informou posteriormente que houve um "erro técnico" e que, na verdade, votou "sim" à proposta, e que já oficiou a Câmara para que sua posição seja alterada.

Confira a lista

Alberto Fraga (PL-DF)

André Fernandes (PL-CE)

Bibo Nunes (PL-RS)

Capitão Alden (PL-BA)

Carlos Jordy (PL-RJ)

Cb Gilberto Silva (PL-PB)

Deltan Dallagnol (Podemos-PR)

Dr. Jaziel (PL-CE)

Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

Evair de Melo (PP-ES)

Filipe Martins (PL-TO)

General Girão (PL-RN)

Gilson Marques (Novo-SC)

Junio Amaral (PL-MG)

Kim Kataguiri (União-SP)

Luiz Lima (PL-RJ)

Luiz P.O Bragança (PL-SP)

Marcel van Hattem (Novo-RS)

Marcio Alvino (PL-SP)

Mauricio Marcon (Podemos-RS)

Mauricio do Vôlei (PL-MG)

Ricardo Salles (PL-SP)

Rodolfo Nogueira (PL-MS)

Sargento Fahur (PSD-PR)

Sgt. Gonçalves (PL-RN)

 

Fonte: CUT Nacional

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