A CRISE DA ECONOMIA FINANCEIRIZADA

André Luís Scherer

André Luís Forti Scherer*

* Professor da FACE/PUCRS e Economista da Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul

O sonho acabou. Essa frase seca, já tantas vezes pronunciada nos mais diversos contextos, se encaixa perfeitamente nos desdobramentos que vimos assistindo no que concerne à economia mundial depois de agosto de 2007. Sim, o mundo está em crise. Crise profunda, que lança pontes inauditas entre o financeiro e o econômico, surpreendendo àqueles que sonharam com a permanência do efêmero, embasados em teorias sem aderência à realidade. O sonho de um mundo da dominação política das frações mais ricas dentre as mais ricas disfarçada como “responsabilidade social”; do pensamento único maquiado como “ciência não-ideológica”, de um capitalismo que teria sua dinâmica baseada na valorização patrimonial infinita proporcionada pelas virtudes da desregulamentação financeira, dos investimentos e do comércio; metamorfoseou-se em pesadelo, sem data marcada para o seu fim.

“Eles” estão atônitos. Não compreendem como puderam estar tão errados e terem sido enganados por tanto tempo. Na sua compreensão de mundo não havia espaço para crises que não fossem rápidas e passageiras, uma purgação ligeira e saudável dos excessos cometidos. Não compreendem que, pelos desígnios da dinâmica própria ao capital, construíram nos últimos 30 anos uma intrincada teia de inter-relações financeiras que condicionava completamente a dinâmica da dita economia “real”. As fábricas, as pesquisas científicas, os serviços, as artes, todas as atividades econômicas enfim, foram vinculadas, por objetivo e financiamento, às possibilidades da acumulação na esfera financeira. Por essa miríade de relações, que até hoje continua a surpreender, pois ninguém tem noção exata quanto a sua extensão e seu grau de enosamento, não existia a possibilidade de uma crise “contida” em uma parte do sistema financeiro da economia norte-americana, centro da globalização financeira, como tantas vezes foi dito e repetido quando do aumento inicial dos defaults no relativamente pequeno segmento imobiliário subprime dos EUA. E também não havia possibilidade dessa crise não atingir fortemente as vendas e os investimentos das empresas não-financeiras, bem como o consumo das famílias. Mas “eles” não viram. Não poderiam, sua visão estava embaçada por uma teoria que via, apenas, a eficiência nos mercados. As portas corta-fogo, quando existiam, estavam abertas – para proporcionarem lucros ainda mais expressivos –, o alastramento do incêndio era inevitável.

O funcionamento da economia financeirizada

A crise do capitalismo financeirizado tem raízes em contradições exacerbadas pela própria dinâmica de acumulação que se impôs nos últimos 30 anos . A excessiva volatilidade dos preços dos ativos após a quebra do regime de Bretton Woods com o rompimento unilateral da paridade dólar/ouro pelos EUA e a posterior adoção pelos países desenvolvidos do regime de câmbio flexível (com o valor das moedas sendo expresso a partir da oferta e da demanda de divisas), abriu espaço para a generalização progressiva da possibilidade de transformar dinheiro em mais dinheiro sem passar pela esfera produtiva. Assim como permitiu extraordinários ganhos potenciais com a especulação financeira, também a possibilidade de perdas foi exacerbada. Isso levou à transformação nos objetivos das empresas financeiras e não-financeiras, com a liquidez – capacidade de transformar em dinheiro os mais diversos ativos – dividindo a atenção dos aplicadores com os ganhos obtidos com a especulação. Ou seja, o mundo havia se tornado mais lucrativo aos especuladores, mas, ao mesmo tempo, mais arriscado, sendo necessária a utilização de instrumentos de proteção frente à imensidão dos riscos.

É assim que, em especial após os anos 1980, se generaliza o uso dos derivativos e da securitização como instrumentos capazes de repartirem o risco. Os derivativos, ao permitirem preservar o valor de um ativo frente às suas variação futuras – por exemplo, permitem negociar um dólar para dia 31/03/2009 com o valor de 2,50 reais – , criam teias de contratos que se dividem entre o objetivo de proteção e a possibilidade de ganhos financeiros. Com crescente complexidade, começam a interligar diversos mercados em operações cada vez mais intrincadas as quais, muitas vezes, envolvem acordos de parte a parte sem a presença de uma maior regulação. Já a securitização permite a repartição do risco de não pagamento de uma dívida entre uma grande quantidade de credores, a partir da emissão de títulos que são vendidos ao público (geralmente grandes investidores, como fundos de pensão, de investimento ou fundos especulativos ditos hedge, bem como as seguradoras)

O financiamento das empresas passou a se dar diretamente no mercado, arbitrado pelas agências de notação – empresas privadas que avaliam o risco de crédito dos países, empresas e títulos – e sob a égide do compromisso das empresas não-financeiras em perseguirem objetivos definidos financeiramente a partir das práticas da chamada “governança corporativa”, a qual implica em focar a empresa na “criação do valor para o acionista”, ou seja, proporcionar ao maior ganho patrimonial e o maior dividendo possível ao acionista. Dessa forma, dada a dinâmica financeira, os resultados de curto prazo são o termômetro da “boa gestão” da empresa , ao mesmo tempo em que são estabelecidas “normas de conduta” que garantam a transparência e a divulgação ao “mercado” das ações e dos resultados obtidos pela gerência executiva da empresa.

Esse modelo de acumulação sob o domínio da finança se completava com a possibilidade de crescente endividamento das famílias. Suas dívidas eram garantidas por ganhos patrimoniais alavancados pela crescente valorização de uma classe de ativos, sejam eles os títulos públicos em momentos de juros extraordinariamente elevados, as coes ou os imóveis. Assim, parte dos ganhos financeiros voltava ao consumo ao permitir um endividamento cada vez mais alto das famílias, ainda que, em geral, os salários tenham crescido pouco ou nada em termos reais. As empresas por sua vez, respondiam ao aumento da demanda com investimentos, muitas vezes deslocando seu parque produtivo para países de menor custo salarial e/ou fiscal, aproveitando-se da redução de tarifas e dos estímulos aos investimentos multinacionais

O resultado óbvio foi o agravamento das desigualdades de renda internamente aos países e entre os países . Havia uma exigência: para que a roda da fortuna continuasse a girar, sempre mais água era necessária no moinho, ou seja, era crucial a integração de mais ativos, mais atores e mais países à lógica da economia financeirizada. Daí à necessidade das privatizações de serviços públicos de forma cada vez mais extensiva, bem como da transformação, pelos agora falidos bancos de investimento, dos países em desenvolvimento em “mercados emergentes”, tudo sob a garantia da liberdade mais irrestrita possível de movimentação ao capital financeiro.

A atual crise e as contradições da dinâmica do capital em uma economia financeirizada

A necessidade de valorizar uma massa cada vez mais extraordinária de capital mostrou suas primeiras dificuldades ainda em 1997, com a crise nos países do sudeste asiático. Tratou-se aquela de uma crise financeira de caráter contagioso, com fortes repercussões sobre o tecido econômico e social que até então eram tidos como exemplos das virtudes da integração irrestrita na economia globalizada. Sua solução colocou a China em posição central naquele continente. O governo chinês, ao manter a taxa de câmbio de sua moeda, foi essencial para estancar a crise e permitir a estabilização das moedas dos países vizinhos. Isso tanto estreitou suas relações com os EUA quanto permitiu a integração da produção continental tendo por centro a China. O deslocamento das empresas em direção à China intensificou-se, e as compras chinesas de máquinas e insumos industriais de seus vizinhos também, tendo os EUA como destino final de grande parte da produção. Esse movimento deu um papel produtivo à “periferia esquecida” do mundo capitalista dominado pelas finanças: a América Latina e a África, a partir de 2002, passaram a fornecer mais intensamente matérias-primas ao gigante chinês ao mesmo tempo em que os preços dos produtos primários dispararam . A globalização produtiva tornou-se de facto “global” e os países da periferia puderam solucionar seus problemas emergenciais de falta de divisas e elevarem suas taxas de crescimento.

A contrapartida foi a intensificação, especialmente nos Estados Unidos, da busca de valorização do capital a partir de setores e práticas cada vez mais arriscadas. A queda brusca das taxas de juros promovida a partir de 2001 alimentou a mudança da bolha especulativa das ações de alta tecnologia para o setor imobiliário, encurtando a crise de 2001-2002 a partir da possibilidade das famílias endividarem-se ainda mais com base no valor crescente dos imóveis.

E aqui, o que fora criado para proteger virou “arma de destruição massiva”, na linguagem belicosa, mas perfeitamente compreensível ao norte-americano médio, do financista Warren Buffet. A securitização promoveu uma cadeia de títulos cada vez mais longa, mais imensa e menos líquida, permitindo que os empréstimos imobiliários fossem concedidos sem a mínima verificação quanto à capacidade de pagamento do tomador . Em cima dessa pirâmide de títulos sem base concreta, criaram-se derivativos que “apostavam” tanto na solvência das famílias (derivativos com base no desempenho dos títulos hipotecários), quanto na solvência das empresas .

Esses títulos foram vendidos aos especuladores do mundo todo, embora 60% tenham restado de posse de instituições financeiras norte-americanas. Os desenvolvimentos do período 2002-2007 promoveram a criação de títulos que têm por característica sua iliquidez e, mesmo, a inexistência de um mercado secundário, afastando-as das características que promoveram a demanda por esses instrumentos nos anos 1980. Quando os preços dos imóveis aceleraram sua queda iniciada em meados de 2006, os preços desses títulos começaram a cair, sem que houvesse um mercado para eles. Não havia nem mesmo um modelo para a determinação contábil de seus preços. As notas quanto ao risco dos títulos, dadas pelas agências e respeitadas como guia seguro pelos especuladores, mostraram ter a consistência de um sorvete de creme descansando sob o calor do Iraque .

A apregoada transparência, transformou-se em opacidade à luz da crise. Os prejuízos foram inevitáveis e as instituições financeiras que não desapareceram, ao operarem com reduzidas margens de capital próprio de modo a proporcionarem um “maior retorno ao capital do acionista”, tiveram de promover planos de recapitalização in extremis. Isso exacerbou a desconfiança, ao mesmo tempo em que escancarou as limitações de uma supervisão estatal pouco abrangente e ineficaz . A crise se mostrou, assim, contagiosa de um mercado a outro, seja pela interligação potencial promovida pelos derivativos, seja pela paralisia sistêmica originada na exacerbação da preferência pela liquidez. A excessiva alavancagem (operações financeiras a partir de capital emprestado de terceiros) torna-se uma desordenada desalavancagem – o desendividamento selvagem que vai consumindo o capital e os ativos do sistema financeiro mundial -, o excesso de crédito engendra seu oposto, o credit crunch. Os mercados mais seguros e líquidos são afetados pela busca das instituições financeiras e não-financeiras em preservar seu caixa.

As dívidas passam a ser absorvidas pelos governos, tornado-se dívidas soberanas. Clama-se pela intervenção estatal que vem mantendo, no respiradouro, os florões do sistema financeiro, como o Citigroup. Enquanto isso, na fila, em mais uma demonstração da dominância financeira, as montadoras de automóveis norte-americanas esperavam com o pires na mão por sua parcela no resgate governamental generalizado. Na mesma espera também se encontram os fundos de pensão, fazendo frente às demandas aumentadas em tempos de ativos desvalorizados.

Parafraseando Thatcher, trinta anos depois, “no livre mercado não há solução”.



Da crise financeira à depressão econômica?

O declínio do preço dos imóveis a partir de meados de 2006 transformou-se em crise financeira em agosto de 2007. Embora o financiamento para imóveis e automóveis tenha sido afetado desde então, a atividade produtiva começou a se desacelerar mais fortemente nos EUA, Europa e Japão a partir do segundo semestre de 2008. Estima-se que essas economias entrarão em 2009 em recessão “técnica”, ou seja, com dois semestres seguidos de contração na atividade, principalmente por conta da redução do consumo doméstico.

Concomitantemente, uma tese propagada desde 2007 pelos bancos de investimentos norte-americanos que dizia respeito à possibilidade de descolamento entre as performances das economias dos chamados BRICs, e das economias desenvolvidas, – tão descabida quanto lucrativa na medida em que dava base teórica de sustentação aos movimentos especulativos com commodities ocorridos na primeira metade de 2008 –, mostrou sua inconsistência.

O principal canal de transmissão da crise ao redor do planeta passa pelo desempenho do comércio mundial e aqui a performance da economia chinesa é o maior termômetro. A relativamente recente emergência da China como “atelier manufatureiro mundial” recoloca, também mundialmente, as questões levantadas por Marx quanto às “barreiras imanentes à acumulação de capital” . Ou seja, uma crise de super-acumulação e uma verdadeira depressão mundial dependem ainda da forma como o desaquecimento do consumo nas economias desenvolvidas (em primeiríssimo plano, nos Estados Unidos) rebaterá sobre a economia chinesa.

Os sinais mais recentes dão conta de que o processo de desaquecimento econômico chinês, verdadeira correia que pode trazer mais fortemente a crise à América Latina e à África a partir de uma queda vertiginosa na receita com a exportação de matérias-primas e de alimentos, está em marcha relativamente acelerada. As últimas projeções dão conta de um crescimento entre 7,5% e 5,5% para a China em 2009, quando até recentemente estavam em 9,5%.

Entretanto, suas enormes reservas e excelente situação fiscal dão margens de manobra indisponíveis às outras economias. O governo chinês tem reagido a essa retração não apenas com estímulos monetários e fiscais, mas também com o reforço dos incentivos às exportações, em queda acelerada . E aqui a retórica do livre-comércio e da não repetição das políticas protecionistas que marcaram a crise de 1929 tem seu teste principal: aceitarão os países desenvolvidos e os demais países em desenvolvimento a continuidade da invasão de mercadorias chinesas em seus mercados domésticos em um contexto de desemprego crescente? Existe uma forte tendência, a prosseguirem as condições que se esboçam atualmente, de que a saúde da ideologia do livre-comércio seja tão viçosa quanto o foi a do princípio da não-intervenção estatal na economia.

A política econômica da depressão

Os mercados monetários e de financiamento de curto prazo se fecharam em definitivo com a derrocada do Lehman Brothers, em setembro de 2008. A partir daí, grosso modo, apenas um banco comercial subsiste nos EUA: o próprio banco central, o Federal Reserve. O Federal Reserve aumentou cerca de três vezes seu balanço até o momento a partir da quebra do Lehman Brothers e vem atuando tanto na troca de títulos federais por títulos podres com as instituições bancárias e não-bancárias, mas também tanto como comprador de obrigações de curto prazo emitidas por corporações industriais (os commercial papers) quanto como provedor de liquidez para os fechados mercados monetários de curto prazo.
Também o Tesouro foi chamado agir, sendo obrigado a recapitalizar em urgência bancos em dificuldades, aos quais foram aportados em torno de US$ 250 bilhões oriundos do controverso Trouble Asset Relief Program (TARP), programa orçado em US$ 700 bilhões. Outros fundos, destinados originalmente à segurança dos depósitos bancários (FDIC) e à compra de imóveis (FHA), também acabaram sendo mobilizados na tentativa de resgate de enormes instituições financeiras em situação desesperadora, bem como na esperança de reativação do crédito.

Gráfico 1

* dados até 21/11/2008
Fonte: www.bloomberg.com

O total do comprometimento governamental com o resgate das instituições financeiras e seguradoras, como a AIG, a qual se mostra um verdadeiro poço sem fundo nas exigências de recursos governamentais, atinge impressionantes 7,4 trilhões de dólares até o momento, sendo que US$ 2,836 trilhões já foram efetivamente despendidos. Tudo isso sem que o crédito dê sinais de uma retomada efetiva nos EUA, uma vez que as taxas de empréstimos inter-bancário (a famosa LIBOR), mantém-se em níveis bastante mais elevados do que gostaria o governo, em um sinal claro de que a desconfiança ainda remanesce.

O fantasma da deflação começou a rondar novamente os responsáveis pela política monetária, a qual rapidamente vem se tornando ineficaz para estimular a atividade econômica, a despeito dos sucessivos cortes nas taxas de juros promovidas ao redor do mundo após 2007. Os aplicadores, em busca de segurança, preferem títulos do tesouro norte-americano ainda que com rendimento zero, sobrando ao governo despejar cada vez maior quantidade dólares no mercado.

Resta aos governos os estímulos fiscais como última alternativa para reativar a economia. Nesse sentido os EUA estudam para 2009 cortes de impostos, aumentos dos gastos em infra-estrutura e aumentos na duração do seguro-desemprego que devem montar a cerca de US$ 800 bilhões de dólares adicionais. Na Europa, Alemanha e Inglaterra já anunciaram pacotes aumentos de gastos e redução de impostos em torno de 1% do PIB e a União Européia se comprometeu a gastar 200 bilhões de euros adicionais para estimular a economia. Japão, China e, até mesmo, o Brasil, que ainda não abandonou totalmente sua ultra-ortodoxa política monetária, também dão passos na direção de ampliação dos gastos públicos. É bom torcer para que estes gastos consigam destravar a economia, caso contrário, é grande o risco de países como a Inglaterra, Irlanda, Espanha, se tornarem uma nova Islândia, país que se tornou insolvente da noite para o dia dado o excesso de dívidas frente ao seu tamanho. Em menor escala, mesmo os EUA correm esse risco .

A solução é geopolítica... e política!

A profundidade da crise não permitirá o retorno da dinâmica de acumulação sob dominância financeira a partir das instituições e relações de força que marcaram os últimos 30 anos. A própria hegemonia dos Estados Unidos está em xeque, embora seja ainda muito cedo para afirmá-la morta. Por lá, os desafios são enormes, mas também o tamanho e poderio dos instrumentos disponíveis, baseados principalmente na força do dólar e das armas, são maiores. É quase certo que o mundo não-ocidental – em especial as economias asiáticas – está destinado a jogar um papel mais importante na primeira metade do século XXI. Dessa realocação de forças e da reação norte-americana depende uma saída mais rápida e menos traumática para essa crise capitalista.
Por outro lado, a mobilização e participação da classe trabalhadora são fundamentais na formulação de alternativas para a crise que sejam do seu interesse. Nesse sentido, a falta de clareza e de idéias à esquerda é bastante preocupante. Os primeiros movimentos de reconstrução foram dados e são liderados pela burguesia mundial e seus representantes no mundo político. Entretanto, o jogo, recém começou, não se conhece ainda a exata profundidade da crise e suas repercussões quanto à luta de classes. O mundo das próximas décadas está se construindo agora e exige esforços imediatos, intensos e criativos para que os trabalhadores não sejam derrotados uma vez mais.

Referências:

BRAGA, José Carlos de Souza e CINTRA, Marcos Antônio Macedo (2004). Finanças Dolarizadas eCapital Financeiro: exacerbação sob comando americano. In: FIORI, José Luís (org.). O Poder Americano, Editora Vozes, Petrópolis.

CHESNAIS, François (2008). Crise Financière: quelques détours par la théorie. Savoir/Agir, nº4. Disponível no sítio www.fondation-copernic.org/spip.php?article183 , acesso em 14/11/2008.

FARHI, Maryse e CINTRA, Marcos Antônio Macedo (2008). A crise financeira e o global shadow banking system. Mimeo.

REICH, Robert (2008). Supercapitalismo: como o capitalismo tem transformado os negócios, a democracia e o cotidiano. Editora Campus, Rio de Janeiro.

FTMRS