Os presidentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, e da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), Carlos Grana, comemoraram as medidas de estímulo às exportações anunciadas na tarde desta terça-feira (05) pelo governo Lula. Na semana passada, Nobre, Grana e dirigentes da Força Sindical se reuniram, em Brasília, com o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) para reivindicar ações urgentes de combate ao aumento das importações e consequente risco de queda no nível de emprego.

Para Carlos Grana, as medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda - entre elas a eliminação do redutor de 40% do imposto de importação sobre autopeças - atendem as reivindicações feitas pela CNM/CUT e sindicatos, na semana passada, ao ministro Miguel Jorge. "É uma medida de grande importância porque representa a proteção da indústria e dos empregos nas autopeças no Brasil", disse Grana. "As medidas anunciadas hoje (05/05) vão favorecer a produção de autopeças no mercado interno e frear o crescimento das importações", avaliou Sérgio Nobre.

Na reunião da semana passada com Miguel Jorge, os dirigentes reivindicaram a revogação da redução da alíquota para produtos importados. Mostraram ao ministro dados que, a persistir o aumento das importações, o setor automobilístico poderia perder 28 mil postos de trabalho. Os dirigentes também querem medidas contra o aumento das importações de máquinas e ferramentas, novas e usadas. O ministro pediu prazo de duas semanas para responder especificamente a essas reivindicações.

Medidas - O pacote anunciado nesta tarde (05) pelo governo Lula já está no portal do Ministério da Fazenda (www.fazenda.gov.br) e recebeu o nome de "Medidas de Incentivo à Competitividade", tem 11 páginas e no item sobre autopeças diz o seguinte: eliminação em seis meses do redutor de 40% do imposto de importação sobre autopeças; as importações de autopeças vêm crescendo rapidamente e o setor passou de superavitário para deficitário. o déficit em 2009 foi de US$ 2,5 bilhões. O redutor foi implementado há 10 anos, em um contexto diferente do atual.

Fonte: CNM/CUT e Sind. dos Metalúrgicos do ABC