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12.11.09   |   Redução da Jornada de Trabalho

Por Trás Dos Números: Militãncia é Coisa De Família

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A 6ª. Marcha da Classe Trabalhadora reuniu na quarta-feira (11) o maior número de militantes desde a 1ª edição.

Cerca de 50 mil pessoas, 30 mil apenas da CUT, ocuparam as ruas de Brasília para lutar por melhores condições de vida para todos os brasileiros.

Por trás desses dados, porém, há millhares de trabalhadores que viajam por horas movidos pelo desejo de construir um País melhor, menos desigual, e oferecem uma inestimável lição de democracia.

Pessoas como José Jânio, carpinteiro de modo simples e mãos calejadas, que embarcou em Teresina, no Piauí, e só foi desembarcar no Distrito Federal 40 horas depois.

Presente pela primeira vez na mobilização nacional, o trabalhador filiado ao Sitricom (Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário do Médio Parnaíba) não aparentava qualquer sinal de cansaço, mesmo após o pneu do ônibus em que estava ao lado dos companheiros furar e atrasar a já desgastante viagem. Ao contrário, sabia bem o que queria. “Estamos aqui para lutar pelas 40 horas semanais, para podermos descansar um pouco e ficarmos com nossa família”, afirma.

O bancário Luiz Rocha, um veterano de Marcha – participou pela 5ª vez – também é favorável à redução da jornada. “Vou usar o tempo livre para estudar”, comentou. De Cuiabá, onde tomou o ônibus ao lado do filho Luiz Antônio, de 17 anos, até Brasília, foram 21 horas. Quando chegaram na cidade, às 7h, o dia ainda estava amanhecendo.

O lavrador Antônio de Castro, outro iniciante na Marcha da Classe Trabalhadora, quer que os parlamentares olhem mais para a questão rural e aprovem pautas exigidas pela CUT e as demais centrais na 6ª Marcha, como a atualização dos índices de produtividade da terra, que são de 1975, quando a colheita ainda não conhecia a mecanização.

Com a medida, seria possível identificar terras improdutivas, acelerar a reforma agrária e elevar o investimento em agricultura familiar. Consequentemente, o pequeno e médio produtor, além do consumidor, que teria à disposição alimentos mais baratos, seriam beneficiados. “Precisamos de mais recursos para investir para melhorar nosso meio de vida. Quem sustenta o Brasil é a roça”, disse Castro, com propriedade.

Também para ele, militância é coisa de família. Excepcionalmente nesta quarta, Daniel, o filho de nove anos, pode faltar na escola para acompanhar o pai e aprender a lutar pelos direitos. Ambos deixaram o acampamento Poço Grande, em Paracatu, Minas Gerais, para participar da manifestação.

Como Jânio, Rocha e Castro, muitos outros trabalhadores anônimos, mesmo sem qualquer destaque, mas tão importantes como os dirigentes sobre os carros de som, ajudam a construir a classe trabalhadora e generosamente prestam sua contribuição para o crescimento do Brasil.


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