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20.12.19   |   Geral

Mangueira politiza, de novo, o Carnaval: não tem messias de arma na mão

Divulgação

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Parece que deixamos para trás, afinal, da era do "carnaval patrocinado", com enredos comprados que lembravam os "enredos mandados" do tempo da ditadura. O samba da Mangueira, assim como no ano passado, com o "Marias, Mahins, Marielles, malês", coloca a política na Avenida, do ponto de vista popular.

Mas vai além, enfrentando a questão da religião como instrumento de opressão.

Denominando-se de "Estação Primeira de Nazaré", apela a um "Jesus da gente", de "rosto negro, sangue índio, corpo de mulher", "filho de pai carpinteiro desempregado" e de mãe é Maria das Dores Brasil, de punho cerrado , pregando que "não tem futuro sem partilha, nem Messias de arma na mão".

Carnaval, afinal, não é só alegoria.

Veja o clipe do samba, publicado na quarta.

Confira a letra:

Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra do buraco quente
Meu nome é Jesus da gente
Nasci de peito aberto, de punho cerrado
Meu pai carpinteiro desempregado
Minha mãe é Maria das Dores Brasil
Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira
Me encontro no amor que não encontra fronteira
Procura por mim nas fileiras contra a opressão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
Eu tô que tô dependurado
Em cordéis e corcovados
Mas será que todo povo entendeu o meu recado?
Porque de novo cravejaram o meu corpo
Os profetas da intolerância
Sem saber que a esperança
Brilha mais que a escuridão

Favela, pega a visão
Não tem futuro sem partilha
Nem messias de arma na mão
Favela, pega a visão
Eu faço fé na minha gente
Que é semente do seu chão
Do céu deu pra ouvir
O desabafo sincopado da cidade
Quarei tambor, da cruz fiz esplendor
E num domingo verde e rosa
Ressurgi pro cordão da liberdade

Mangueira
Samba que o samba é uma reza
Se alguém por acaso despreza
Teme a força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também

Fonte: Tijolaço

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