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25.07.19   |   Geral

Venda de botijão com menos gás, como quer o governo, coloca vidas em risco

ROBERTO PARIZOTTI/CUT

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Ao invés de diminuir o preço, governo quer diminuir a quantidade de gás no botijão e liberar abastecimento em postos de combustíveis, apesar dos riscos de explosões e acidentes fatais, alertam especialistas

O governo de Jair Bolsonaro (PSL/RJ) quer diminuir a quantidade de gás de cozinha nos botijões de 13 quilos para vender o vasilhame parcialmente cheio e assim reduzir o preço. Quer também autorizar a venda do botijão sem marca de distribuidoras, além de permitir que as pessoas abasteçam em postos de combustíveis. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Décio Oddone, na terça-feira (23).

“Isto é uma loucura, uma ideia de jerico”, diz o especialista em Minas e Energia, Paulo César Ribeiro Lima. “Eu jamais vi nada disso no mundo. O que se vê fora do país é o abastecimento de GNV, que é o gás veicular, mas nunca o GLP, o gás de cozinha”.

O governo não está levando em consideração os riscos de explosões e vazamentos, alerta o especialista.

Ele explica que em caso de vazamento, o gás veicular sobe para a atmosfera e se dissipa. Já o gás GLP, de cozinha, como é mais pesado do que o ar, desce e se concentra. Com isso, apenas uma centelha poderá gerar uma grande explosão.

Os riscos à vida da população também preocupam o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.

“A possibilidade de ter tanques de gás em postos de combustíveis preocupa porque podemos ter tanques de gás espalhados pelas ruas das cidades, com riscos de vazamentos e explosões”.

“Ao invés de baratear o preço do produto”, critica o dirigente, “o governo tenta enganar a população, já que o que encarecimento do preço do gás de cozinha é a política de preços da Petrobras, que é atrelada ao dólar e aos preços do mercado internacional”.

Segundo Deyvid, outra mentira do governo é tentar convencer o povo de que a medida perigosa vai reduzir os preços absurdos do gás de cozinha.

“Diminuir o consumo, não baixa preço. Nenhuma família, por mais pobre que seja, vai diminuir o consumo do gás de cozinha no mês porque comprou uma quantidade menor. Depois de uma ou duas semanas vai precisar reabastecer o botijão ou apelar para carvão, madeira e álcool, como muitas vêm fazendo”, diz.

Já para o especialista em Minas e Energia, se o governo quer diminuir a quantidade de gás num botijão para “baratear os custos” dos mais pobres deve começar padronizando botijões de tamanhos menores do que o de 13 quilos, como é hoje, e não expor a população a riscos.

“Não tem o mínimo cabimento esta ideia. O GLP é um produto perigosíssimo. Na minha casa não deixo ninguém mexer no gás. Quem instala é o entregador, que sabe como manusear. Depois a gente só fecha e abre a torneira do botijão. A mangueira é de metal, não de borracha, e o botijão fica fora da cozinha”, aconselha Paulo César.

Fonte: CUT Nacional

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