O Conselho de sindicatos da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTMRS) esteve reunido na manhã de ontem (13) para debater o custeio sindical após reforma trabalhista, que acabou com o imposto sindical, como um das estratégias de enfraquecimento da representação dos trabalhadores. Participaram do encontro o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Paulo Cayres, e o secretário geral da entidade, Loricardo Oliveira.

Para Oliveira, a agenda de lutas dos sindicatos está sendo imposta pelos vários desdobramentos do golpe, através dos ataques à classe trabalhadora. "O golpe foi dado contra a democracia e um dos eixos é acabar com a representação sindical", ressalta.

Paulo Cayres alertou sobre a importância de os sindicatos começaram a disputa dentro do Congresso Nacional. "Precisamos ter representantes dos trabalhadores. É bom lembrarmos que esta reforma trabalhista nos leva para onde começamos, que é o enfrentamento. Estamos sendo chamados para fazer tudo o que sempre fizemos que é o enfrentamento. Esse é o nosso papel", destaca.

Representantes dos 29 sindicatos discutiram também a mobilização em apoio ao ex-presidente Lula, que será julgado na Capital, dia 24 de janeiro. A celeridade com que o julgamento foi marcado é uma clara evidência do cunho político da ação, na tentativa de inviabilizar a candidatura de Lula em 2018.

Haverá uma aula pública, dia 19 de dezembro, às 12h, em frente ao TF 4 com juristas que analisaram as irregularidades da sentença que condena o ex-presidente.