Dirigentes da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) se somaram nessa terça-feira (21) à ação da CUT e demais centrais sindicais para pressionar deputados e senadores a rejeitarem a PEC 287, da reforma da Previdência.

A ação, no Congresso Nacional, em Brasília, é mais uma etapa da luta desencadeada há quase um mês pelos metalúrgicos da CUT contra qualquer alteração nas regras da aposentadoria e benefícios vinculados à Previdência Social.

A campanha – que teve início na reunião ampliada da direção da CNM/CUT, em 24 e 25 de janeiro, e contou com a participação de representantes das federações e de 30 sindicatos filiados (leia aqui) – já tomou as ruas de cidades em todo o país e teve a adesão de inúmeras entidades de outras categorias e do movimento social.

Ontem em Brasília, os dirigentes da Confederação, ao lado de representantes da CUT e de confederações cutistas e de outras centrais, participaram de audiência com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), e de reunião da Frente Parlamentar contra a Reforma da Previdência.

“Reiteramos a posição dos trabalhadores de que a PEC da reforma da Previdência deve ser retirada ou rejeitada e de que o mesmo deve acontecer com a reforma trabalhista e o projeto de lei da terceirização”, informou Loricardo de Oliveira, secretário geral em exercício da CNM/CUT.

Ele disse ainda que as centrais reivindicaram que antes de serem apreciadas, medidas de impacto tão fortes como estas devem ser dialogadas com os trabalhadores e a sociedade, por meio de audiências públicas em todas as regiões.

“Maia se negou a atender nossas reivindicações e deixou claro, inclusive, que defende outro modelo de Previdência, totalmente privado. Diante disso, comunicamos que as centrais farão um dia nacional de paralisação e protesto, em 15 de março, contra esse brutal ataque aos direitos da classe trabalhadora”, assinalou ainda Loricardo.

Enquanto o secretário geral da CNM/CUT estava na audiência com o presidente da Câmara, a vice-presidenta da entidade, Cátia Cheve, e os secretários da Juventude, Silvio Ferreira, da Mulher, Marli Melo, e da Igualdade Racial, Christiane dos Santos, participavam da reunião da Frente Parlamentar, que debateu estratégias para pressionar deputados e senadores a rejeitarem a proposta e também a adiar a votação da PEC.