Crise Abala Planos Em 25% Das Indústrias


A crise mundial abalou os investimentos da indústria brasileira. Muitas empresas estão revendo as estratégias em razão da baixa demanda dos mercados interno e externo. Outras optaram por reduzir a produção. O temor é de que, em três anos, 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos sejam fechados no país. 'Em 2009, a maioria das empresas centralizará os investimentos na manutenção de seus mercados', avisa o diretor da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), José Ricardo Roriz Filho.

Sondagem da Fiesp com 1.204 indústrias diagnosticou que o número de empresários que não pretende investir subiu de 11% em 2008 para 25% este ano. O volume de investimento deve encolher R$ 21,4 bilhões, caindo de R$ 102,5 bilhões para R$ 81,1 bilhões.

Já no Estado, 53,5% das micro e pequenas empresas devem investir em 2009. 'Vamos reavaliar estratégias e apostar em projetos inovadores, capazes de transformar a crise em momento de oportunidades', salienta o presidente do Sistema Fiergs, Paulo Tigre. Segundo o empresário, devido às medidas do governo federal para minimizar a crise, 43,2% dos empreendedores acreditam na estabilidade. Mesmo assim, o desemprego atinge 10,4% da população na região Metropolitana de Porto Alegre, totalizando 208 mil pessoas.