Votação do plebiscito popular das privatizações no RS começará no dia 16


População poderá votar até 24 de outubro sobre entrega de estatais gaúchas à iniciativa privada. Iniciativa foi lançada pelos movimentos sociais e sindical

Para participar do Plebiscito Popular RS, não é preciso sair de casa. Basta fazer o cadastro prévio de um endereço de e-mail e criar uma senha. A votação ocorrerá de 16 a 24 de outubro. A iniciativa integra a campanha Primavera da Democracia organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), demais centrais sindicais, sindicatos e federações de trabalhadores, e movimentos sociais e populares.

O movimento lançado no dia 23 de agosto com ato público no centro de Porto Alegre prevê a realização de um Plebiscito Popular sobre as privatizações no Rio Grande do Sul. A consulta popular era uma condição imposta pela constituição estadual, mas foi retirada pelos deputados da maioria governista no início de junho.

O objetivo é dar voz à população sobre as propostas de privatização das empresas públicas do estado, que são patrimônio da sociedade gaúcha e não ativos a serviço de governos, alerta a campanha.

“O governo Eduardo Leite (PSDB) obteve sinal verde para encaminhar as privatizações da Corsan, Banrisul e Procergs, e de outras estatais sem a realização de plebiscito popular”, denuncia a campanha.

A consulta à população sobre a venda de estatais era uma condição prevista na constituição estadual, mas essa exigência foi derrotada em votação de segundo turno na Assembleia Legislativa (Alergs) no dia 1º de junho. No mês seguinte, os deputados aprovaram por maioria de votos um pacote de privatizações da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás).

“Eles dizem que querem vender as estatais, entregar o serviço público para dar mais emprego e renda, para melhorar o serviço, para melhorar o atendimento, para ampliar o investimento. Mas, aonde foi feito isso no país? O preço do gás, o preço da gasolina, o custo de vida da população não para de crescer por conta dessa lógica de querer tirar, não só os serviços públicos e vender as estatais, mas o pouco de dinheiro que ainda tem o povo trabalhador”, denuncia o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

 

 

Fonte: Extra Classe