CUT-RS e centrais protestam nesta terça contra reforma da Previdência, em defesa da educação pública e por empregos


A CUT-RS, centrais sindicais e movimentos sociais realizam na tarde desta terça-feira (13) uma grande mobilização no centro de Porto Alegre, que marcará o dia nacional de luta contra a reforma da Previdência, em defesa da educação pública e por empregos.

O protesto foi convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e ganhou o apoio das centrais e da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Haverá uma concentração, às 16h, em frente ao Palácio Piratini, seguida de um ato, às 18h, na Esquina Democrática, e de uma caminhada até a Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Os servidores estaduais farão também uma ocupação na Praça da Matriz, com início às 14h, contra os desmandos dos governos Eduardo Leite e Bolsonaro. A programação inclui aula pública sobre democracia e mercantilização da educação e da saúde, bem como atrações artísticas.

Conforme o CPERS Sindicato, “já amargamos 44 meses de salários atrasados e parcelados, e cinco anos de perdas sem qualquer reajuste. Enquanto encena diálogo para as câmeras, Leite age para impor uma agenda violenta e privatista. Por trás da máscara, está a radicalização do projeto de Sartori; desmanche da escola pública, ataque brutal ao funcionalismo, precarização dos serviços e redução do Estado a todo custo”. O governador tucano pretende também usar sua maioria parlamentar para atacar a previdência e os planos de carreira de todas as categorias.

A mobilização acontece uma semana depois da aprovação em segundo turno da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Agora a pressão é no Senado, onde requer dois turnos de votação.

“É preciso que a população saiba o posicionamento dos deputados e senadores numa hora tão derradeira na vida do trabalhador e do futuro da aposentadoria e dos municípios”, afirma o secretário-geral adjunto da CUT-RS, Amarildo Cenci. “Esse projeto que está sendo votado acaba literalmente com a aposentadoria porque as pessoas não terão tempo de contribuição e idade suficiente para poder se aposentar”.

“A intenção da proposta do governo é não permitir que as pessoas se aposentem, fazendo uma economia com o dinheiro dos mais pobres, ao invés de discutir uma tributação para os ricos e a dívida pública que cresce, e cobrar os sonegadores e os devedores que devem R$ 1 trilhão para a Previdência”. Segundo ele, “estão tirando dinheiro das pessoas que mais precisam. É um crime contra a população brasileira, especialmente os mais pobres”.


Fonte: CUT-RS com CPERS Sindicato