Vigília e Audiência Pública pela retomada dos empregos perdidos no Polo Naval de Rio Grande


 

Chegou a mil o número de trabalhadores metalúrgicos em vigília em frente ao estaleiro de Rio Grande, na noite deste domingo (12), pela retomada dos empregos no estaleiro. A mobilização permaneceu até às 13h de hoje, onde, em caminhada, o grupo se deslocou para a Audiência Pública sobre as perspectivas para o Polo, promovida pela Assembleia Legislativa e realizada no Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (CIDEC-Sul), localizado na Universidade de Rio Grande,  Campus Carreiros/FURG . 

De acordo com Enio Santos, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS, o momento é muito grave para a região. "Milhares de famílias de trabalhadores diretos e indiretos, dependentes da indústria naval, estão completamente sem perspectivas." Em dezembro,  houve a demissão em massa de 3.200 trabalhadores da empresa Ecovix.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande e a Federação dos Metalúrgicos esperam que as mobilizações de hoje sejam um importante passo para a difusão de um movimento de debate e resistência à crise da indústria naval. "O problema é nacional e, para combatê-lo, é preciso unir forças em todas as regiões que foram afetadas no Brasil", ressalta Enio.´

Metalúrgicos querem a continuação da P-71

Hoje o casco P-71 está em estágio avançado de desenvolvimento. Está pronta 72,54% de sua estrutura; 62,06% da pintura de blocos e 27,93% da tubulação, para ilustrar o estágio de evolução do investimento. Além disso, há 11.500 toneladas de aço processadas no dique seco e 37.800 toneladas processadas e transformadas em blocos. Estima-se que mais de 50% da estrutura esteja finalizada e de acordo com o cronograma faltariam apenas 16 meses para terminar a plataforma, com a contratação imediata de 2.800 trabalhadores.

Este projeto gigantesco contou com benefício fiscal que chega a mais de R$ 72 milhões. Interromper a construção da P-71 significaria um enorme desperdício do dinheiro público, com prejuízo também na arrecadação de impostos.

Qual o futuro do Estaleiro de Rio Grande?

Com as recentes alterações da política de conteúdo local, o setor naval vai ficar estagnado, sendo difícil competir com países que possuem indústrias fortes, que contaram com incentivo, juros baixos e baixa incidência tributária para se estabelecerem.

Embora o Grupo Ecovix esteja em processo de recuperação judicial, há um projeto de reestruturação para equilibrar a situação financeira da empresa e permitir que toda a infraestrutura que já está disponível seja utilizada. O objetivo é atrair novos negócios, gerar empregos e dar continuidade ao crescimento da indústria naval.

O Estaleiro de Rio Grande possui uma das melhores infraestruturas do mundo, com uma área total aproximada de 1.057.000 m², sendo o maior dique seco da América Latina e um dos maiores pórticos do mundo, além de contar com mão de obra especializada. Aliado a isso, toda a estrutura da região de Rio Grande foi adaptada para acolher as demandas por serviços como acomodação, alimentação e comércio. 

Novas regras de conteúdo local terminam com o setor naval

As novas regras de conteúdo local para o setor de petróleo e gás serão aplicadas na 14ª rodada de licitações de blocos para exploração de petróleo e gás natural, prevista para setembro, e para a terceira rodada de leilões de blocos no pré-sal, que deve ocorrer em novembro. Para exploração em terra, o índice de conteúdo local será 50%. Nos blocos em mar, o conteúdo mínimo será de 18% na fase de exploração, 25% para a construção de poços e 40% para sistemas de coleta e escoamento. Nas plataformas marítimas, o percentual será 25%. Atualmente, os percentuais de conteúdo local são definidos separadamente em cada rodada nos editais que são publicados para chamar os leilões. (Fonte: Agência Brasil)

A Petrobrás já fez pedido à ANP para a isenção dos percentuais de conteúdo local para que possa construir no exterior os navios plataformas que irão operar os campos de Libra e Sépia. De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), se a reivindicação for atendida, os cascos das embarcações, por exemplo, passariam a ter 0% de conteúdo nacional, em vez da exigência de 75% a 90% de fabricação nacional, como determinavam os contratos originais. Ou seja, mais uma vez quem sairá prejudicada é a classe trabalhadora.

 

 

 

 

 

 

Vigília e Audiência Pública pela retomada dos empregos perdidos no Polo Naval de Rio Grande

 

 

Chegou a mil o número de trabalhadores metalúrgicos em vigília em frente ao estaleiro de Rio Grande, na noite deste domingo (12), pela retomada dos empregos no estaleiro. A mobilização permaneceu até às 13h de hoje, onde, em caminhada, o grupo se deslocou para a Audiência Pública sobre as perspectivas para o Polo, promovida pela Assembleia Legislativa e realizada no Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (CIDEC-Sul), localizado na Universidade de Rio Grande,  Campus Carreiros/FURG .

 

De acordo com Enio Santos, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS, o momento é muito grave para a região. "Milhares de famílias de trabalhadores diretos e indiretos, dependentes da indústria naval, estão completamente sem perspectivas." Em dezembro,  houve a demissão em massa de 3.200 trabalhadores da empresa Ecovix.

 

O Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande e a Federação dos Metalúrgicos esperam que as mobilizações de hoje sejam um importante passo para a difusão de um movimento de debate e resistência à crise da indústria naval. "O problema é nacional e, para combatê-lo, é preciso unir forças em todas as regiões que foram afetadas no Brasil", ressalta Enio.´

 

 

 

Metalúrgicos querem a continuação da P-71

Hoje o casco P-71 está em estágio avançado de desenvolvimento. Está pronta 72,54% de sua estrutura; 62,06% da pintura de blocos e 27,93% da tubulação, para ilustrar o estágio de evolução do investimento. Além disso, há 11.500 toneladas de aço processadas no dique seco e 37.800 toneladas processadas e transformadas em blocos. Estima-se que mais de 50% da estrutura esteja finalizada e de acordo com o cronograma faltariam apenas 16 meses para terminar a plataforma, com a contratação imediata de 2.800 trabalhadores.

Este projeto gigantesco contou com benefício fiscal que chega a mais de R$ 72 milhões. Interromper a construção da P-71 significaria um enorme desperdício do dinheiro público, com prejuízo também na arrecadação de impostos.

 

Qual o futuro do Estaleiro de Rio Grande?

Com as recentes alterações da política de conteúdo local, o setor naval vai ficar estagnado, sendo difícil competir com países que possuem indústrias fortes, que contaram com incentivo, juros baixos e baixa incidência tributária para se estabelecerem.

Embora o Grupo Ecovix esteja em processo de recuperação judicial, há um projeto de reestruturação para equilibrar a situação financeira da empresa e permitir que toda a infraestrutura que já está disponível seja utilizada. O objetivo é atrair novos negócios, gerar empregos e dar continuidade ao crescimento da indústria naval.

O Estaleiro de Rio Grande possui uma das melhores infraestruturas do mundo, com uma área total aproximada de 1.057.000 m², sendo o maior dique seco da América Latina e um dos maiores pórticos do mundo, além de contar com mão de obra especializada. Aliado a isso, toda a estrutura da região de Rio Grande foi adaptada para acolher as demandas por serviços como acomodação, alimentação e comércio.

 

Novas regras de conteúdo local terminam com o setor naval

As novas regras de conteúdo local para o setor de petróleo e gás serão aplicadas na 14ª rodada de licitações de blocos para exploração de petróleo e gás natural, prevista para setembro, e para a terceira rodada de leilões de blocos no pré-sal, que deve ocorrer em novembro. Para exploração em terra, o índice de conteúdo local será 50%. Nos blocos em mar, o conteúdo mínimo será de 18% na fase de exploração, 25% para a construção de poços e 40% para sistemas de coleta e escoamento. Nas plataformas marítimas, o percentual será 25%. Atualmente, os percentuais de conteúdo local são definidos separadamente em cada rodada nos editais que são publicados para chamar os leilões. (Fonte: Agência Brasil)

A Petrobrás já fez pedido à ANP para a isenção dos percentuais de conteúdo local para que possa construir no exterior os navios plataformas que irão operar os campos de Libra e Sépia. De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), se a reivindicação for atendida, os cascos das embarcações, por exemplo, passariam a ter 0% de conteúdo nacional, em vez da exigência de 75% a 90% de fabricação nacional, como determinavam os contratos originais. Ou seja, mais uma vez quem sairá prejudicada é a classe trabalhadora.

 

 

 

 

 

 



Fonte: Assessoria de Comunicação FTMRS