Greve na Midea Carrier amplia mobilizações por reajuste justo


 

A Midea Carrier (ex-Springer) está paralisada desde o início da manhã de hoje, 27 de julho. É a segunda de várias empresas que os metalúrgicos pretendem parar – decisão da assembleia geral do dia 20 de julho – caso os patrões insistam em sua proposta de parcelar o reajuste.

A categoria metalúrgica de Canoas e Nova Santa Rita reivindica apenas a reposição integral das perdas causadas pela inflação – 9,83%, segundo o acumulado do INPC entre maio/2015 e abril/2016 – retroativo a 1º de maio/2016, mas os patrões oferecem o mesmo índice, porém parcelado em três vezes: 3% retroativo a maio, 1,5% em setembro e o restante para completar os 9,83% em dezembro.

Consultada, a categoria mostrou insatisfação com o parcelamento e rejeitou a proposta patronal, decisão referendada na assembleia, e resolveu realizar mobilizações mais fortes, como greves em uma ou mais empresas simultaneamente. “Ontem a greve foi na Agco. Hoje, na Midea Carrier. Amanhã pode ser em uma ou mais empresas”, alertou o presidente do sindicato, Paulo Chitolina.

SEM CONCILIAÇÃO

Após a assembleia decisiva de greve, o sindicato patronal (Simecan) resolveu ajuizar o dissídio no TRT. Ontem à tarde foi realizada a primeira audiência de conciliação no tribunal. Infelizmente, os patrões mantiveram suas propostas e não houve conciliação. Até o momento não houve a marcação de data para uma segunda audiência. Por enquanto, o sindicato vai seguir cumprindo a decisão da assembleia, realizando greves nas empresas e preparando a categoria para uma possível greve geral nas fábricas metalúrgicas de Canoas e Nova Santa Rita, por tempo indeterminado.

Fonte: Geraldo Muzykant / STIMMMEC